Gerando capital de giro para pequenos e médios exportadores: Porque investimos na Marco?
É com satisfação que anunciamos o nosso novo investimento na Marco, uma fintech transfronteiriça que possibilita a micro, pequenas e médias empresas ampliar suas exportações ao acessar novos mercados. Oferecendo acesso rápido e eliminando burocracias, a empresa está simplificando o processo de exportação para PMEs que buscam aumentar sua receita com exportações. O investimento está alinhado à nossa tese de Greentech na interseção de duas verticais chave: Agricultura e Logística. A empresa endereça diretamente a estabilidade alimentar, com 40% de sua base de clientes relacionada a produtos de alimentação, ao mesmo tempo em que facilita a logística internacional para quem atua na América Latina.
Três fatores estão impulsionando a inovação e criando oportunidades de investimento no setor de comércio transfronteiriço no momento: (i) a interrupção da cadeia de suprimentos pós-Covid, (ii) os efeitos do nearshoring nas Américas e (iii) o aumento da representação dos latino-americanos no mercado de exportação. Esses fatores estão estabelecendo as bases para uma transformação significativa no setor comercial.
Após três anos de estudo aprofundado no setor de comércio transfronteiriço, compreendendo áreas como operadores logísticos, mercados de frete e mercadorias, ERPs específicos do setor e provedores de dados, estamos entusiasmados em anunciar o nosso primeiro investimento nesta área temática, em parceria com a Marco. Neste breve artigo, fornecemos uma visão geral das nossas descobertas e a razão por trás da nossa decisão de nos associarmos à Marco. Esta decisão baseia-se primordialmente em três fatores-chave:
1. O vasto tamanho do mercado de comércio transfronteiriço da América Latina;
2. O conjunto abrangente de produtos oferecidos pela Marco; e
3. A experiência coletiva e habilidades complementares da equipe da Marco.
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O MERCADO LATINO-AMERICANO DE COMÉRCIO TRANSFRONTEIRIÇO É VASTO, PORÉM DOMINADO PELOS GIGANTES DA INDÚSTRIA
A Oportunidade
Hoje, o mercado de pagamentos transfronteiriços é predominantemente dominado por bancos correspondentes conectados via SWIFT. Esses players frequentemente impõem altos custos, cobrando taxas elevadas e operando a um ritmo lento. As PMEs, em particular, enfrentam desafios em negociar taxas favoráveis ou mesmo ser consideradas para a aplicação por esses bancos. O processo atual é longo e burocrático, com a maioria das negociações de câmbio B2B ocorrendo por telefone, faltando transparência.
No que tange à entrega de mercadorias internacionais, os prazos de envio podem variar de 30 a 90 dias de porto a porto. Esse ciclo prolongado da cadeia de suprimentos vira um desafio considerável de capital de giro. Os importadores frequentemente sofrem para preencher a lacuna entre o momento da compra do inventário e o tempo de venda.
Por outro lado, os exportadores enfrentam desafios em lidar com o intervalo entre os pagamentos antecipados de pedidos de compra e os saldos finais pagos na entrega. Embora os bancos estejam dispostos a se envolver nessas transações, o custo associado ao gerenciamento de risco e à realização da subscrição inicial em remessas individuais torna particularmente desafiador atender as PMEs. Os bancos normalmente fornecem carta de crédito adaptada para grandes comerciantes que não requerem garantia para subscrição.
Consequentemente, os comerciantes de pequeno e médio porte encontram-se subatendidos, apesar de comporem 30-40% do volume de comércio transfronteiriço.
Mercado amplo e em crescimento
Atualmente, o México ocupa a posição de segundo maior exportador de bens do mundo, ficando atrás apenas da China. Essa dinâmica vem evoluindo nos últimos anos, com um reforço adicional dos efeitos do nearshoring após o estreitamento das relações entre os EUA e a China. Tal transformação foi evidenciada quando, em setembro de 2023, o México superou a China em termos de importações pelos EUA, marcando a primeira vez desde 2003.
E o Brasil?
As exportações brasileiras para os EUA têm experimentado um crescimento robusto, com uma média anual de 7% desde 2018. Notavelmente, setores como ferro (+34%), café (+22%), materiais de madeira (+22%) e óleos minerais (+14%) registraram um forte crescimento, capitalizando as vantagens competitivas do Brasil nessas áreas. Um dos fatores relevantes para essa evolução foi o aumento dos preços das commodities globalmente, conforme evidenciado pelo crescimento significativo em setores como petróleo bruto, minério de ferro, café, madeira, etc.
O governo brasileiro identificou inúmeras oportunidades de mercado visando expandir a participação das exportações brasileiras no mercado norte-americano. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), 931 dessas oportunidades foram mapeadas, com potencial para melhorar as perspectivas de exportação em 780 bilhões de dólares em cinco setores principais.
Os desafios à frente
Para atender eficazmente às PMEs, os fornecedores de financiamento ao comércio devem possuir um profundo entendimento dos riscos associados e implementar medidas para mitigá-los tanto durante o processo de subscrição quanto ao longo da fase de pagamento.
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A oferta de produtos da Marco - Posicionamento estratégico e classe de ativo
No contexto do crescente mercado de exportadores latino-americanos, a Marco surge com uma plataforma que integra dados de open finance, softwares de cadeia de suprimentos, ERPs e documentos específicos do comércio, juntamente com dados proprietários e análise de crédito. Essa abordagem baseada em dados possibilita uma subscrição mais precisa e maior agilidade na provisão de capital de giro para pequenas e médias empresas. O produto principal da Marco é o invoice factoring.
Como resultado, a plataforma conecta de forma transparente os exportadores com os credores, oferecendo melhores condições de pagamento e processos simplificados. O acesso ao financiamento é um ponto crítico para as PMEs envolvidas no comércio internacional, e atender essa necessidade é apenas o começo para a empresa.
Um estudo da McKinsey mostrou que: “essas questões são particularmente desafiadoras para as micro, pequenas e médias empresas que desempenham um papel cada vez mais importante no comércio global. As taxas de rejeição de financiamento para tais negócios são de 40%; um estudo do Banco Mundial de 2017 indicou que 65 milhões de PMEs estavam com crédito restrito”.
Do ponto de vista empresarial, o factoring apresenta uma oportunidade de investimento de baixo risco com retornos atraentes, particularmente para transações transfronteiriças. As empresas do setor compram contas a receber de curto prazo com desconto e coletam pagamento do devedor, tipicamente uma empresa estável com fluxo de caixa confiável. A Marco está atualmente trabalhando com varejistas como Walmart, Costco, HEB, entre outros. Isso torna o factoring uma classe de ativo atraente que gera receita constante para investidores.
Isso é comprovado pelas taxas de inadimplência historicamente baixas específicas do setor em comparação com cartões de crédito, empréstimos ao consumidor e empréstimos empresariais. Além disso, a Marco manteve um histórico sólido com 0% de perdas desde sua fundação, demonstrando mecanismos robustos de gestão de risco em escala.
Para atrair mais clientes e aumentar a participação no mercado, a Marco desenvolveu um extenso roadmap de produtos e serviços. Atualmente, além do crédito para financiamento do comércio, a empresa oferece uma variedade de serviços para exportadores, incluindo formação de LLC, dados para PMEs expandirem sua base de compradores nos EUA, serviços de FX e Seguro de Carga.
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O time da Marco é complementar e experiente
Os notáveis êxitos e a visão ambiciosa da Marco são um testemunho da excepcional liderança de sua equipe fundadora. A empresa é liderada por Jacob Shoihet (CEO) e Peter Spradling (COO). Jacob traz uma ampla experiência em startups, tendo ocupado cargos significativos em vendas e desenvolvimento de negócios em empresas renomadas como Yelp, Groupon e Taboola. Por outro lado, Peter tem experiência direta na exportação de mercadorias através do negócio familiar uruguaio, onde enfrentou desafios em encontrar parceiros financeiros adequados. Antes disso, Peter aprimorou suas habilidades analíticas na JLL, uma das principais empresas de gestão de investimentos imobiliários nos EUA.
Além disso, a equipe conseguiu atrair ótimos talentos, mesmo nas fases iniciais de desenvolvimento da empresa. Julia Castiglia lidera a equipe de Gerenciamento de Projetos, aproveitando seu diverso histórico educacional em Ciência da Computação, Economia e Ciência de Dados pelo MIT. Damian Sandler, o Head de Produto, traz experiência valiosa de seu papel anterior na dLocal, um unicórnio uruguaio de serviços de pagamento. O histórico educacional de Damian inclui um bacharelado em Engenharia Eletrônica pela Universidade ORT Uruguai e um MBA pela Universidade de Tel Aviv em colaboração com a Kellogg School of Management.
Reconhecendo a importância de ter uma equipe experiente para navegar pelas complexidades das economias emergentes e enfrentar os desafios do atendimento financeiro insuficiente e do risco mal precificado, a Marco montou uma equipe sênior de crédito liderada por Fred Leder. Com mais de 35 anos de experiência em faturamento, empréstimos baseados em ativos e financiamento da cadeia de suprimentos, Fred ocupou posições de liderança em grandes corporações multinacionais, garantindo que as operações de crédito da Marco sejam robustas e bem equipadas para prosperar em ambientes desafiadores.
